Performances

Performances Pictóricas – Pintura en Diálogo Vivo

Mi acercamiento a la pintura se abrió naturalmente a la performance, como una extensión corporal, musical y ritual del gesto pictórico. Desde temprana edad, sentí la necesidad de ir más allá del lienzo: hacerlo vibrar, resonar, danzar, invocando la música, el movimiento y el ritmo. Para mí, la pintura no es un objeto fijo, sino un espacio de diálogo, un vórtice vivo donde se encuentran formas, sonidos, cuerpos y espíritu.

Estas performances inmersivas, interpretadas con músicos y bailarines contemporáneos, siguen la lógica del jazz: la improvisación como acto de pura presencia. Nada está predefinido; todo se crea en el momento. Es este riesgo, este desequilibrio fértil, lo que hace que la experiencia sea auténtica, viva en el sentido de una búsqueda sincera e inquebrantable.

Un lienzo monumental en el suelo, herramientas creadas para la ocasión, un cuerpo en movimiento, pintura proyectada, triturada, frotada: todo participa del mismo impulso sensorial, instintivo y alquímico. La música —jazz, electrónica, clásica o percusiva— es a la vez guía y compañera. Cada disciplina influye en la otra en un intercambio en constante mutación: los gestos se convierten en notas, los sonidos en formas, los ritmos en direcciones, en una partitura espontánea.

Gracias a una proyección aérea de video, el espectador se sumerge en el proceso creativo. No contempla una obra terminada, sino que presencia su génesis viviente, como en un estudio ritual donde las disciplinas se fusionan y se responden mutuamente.

Estas performances no son demostraciones, sino exploraciones. Buscan sacar a la luz aquello que escapa a las palabras: un lenguaje sensible que atraviesa géneros, cuerpos y culturas. Están impregnadas de una pregunta central: ¿Qué nos conecta? Este vínculo invisible —musical, pictórico, humano, universal— es lo que intento abordar, una y otra vez. La obra resultante es siempre un rastro, la marca de un diálogo fugaz pero cargado, como un solo de jazz: efímero pero necesario, suspendido en un instante de atención absoluta.

Performances pictóricas – Pintura em diálogo vivo

Minha abordagem da pintura se abriu naturalmente para a performance, como uma extensão corporal, musical e ritual do gesto pictórico. Desde cedo senti a necessidade de ir além da tela — fazê-la vibrar, ressoar, dançar — convocando a música, o movimento, o ritmo. Para mim, a pintura não é um objeto fixo, mas um espaço de diálogo, um vórtice vivo onde se encontram formas, sons, corpos e espírito.

Essas performances imersivas, realizadas com músicos e dançarinos contemporâneos, seguem uma lógica de jazz: a improvisação como ato de presença pura. Nada é pré-definido; tudo se cria no momento. É esse risco, esse desequilíbrio fértil, que torna a experiência autêntica — viva no sentido de uma busca sincera e sem concessões.

Tela monumental no chão, ferramentas criadas para a ocasião, corpo em movimento, tinta projetada, esmagada, friccionada: tudo participa de um mesmo impulso sensorial, instintivo, alquímico. A música — jazz, eletrônica, clássica ou percussiva — é ao mesmo tempo guia e parceira. Cada disciplina influencia a outra num intercâmbio em constante mutação: os gestos viram notas, os sons viram formas, os ritmos viram direções, numa partitura espontânea.

Graças a uma projeção de vídeo aérea, o espectador é imerso no próprio processo criativo. Ele não contempla uma obra finalizada — ele presencia sua gênese viva, como se estivesse dentro de um ateliê ritual onde as disciplinas se fundem e se respondem.

Essas performances não são demonstrações, mas explorações. Buscam fazer emergir aquilo que escapa às palavras: uma linguagem sensível que atravessa gêneros, corpos e culturas. São atravessadas por uma pergunta central: O que nos conecta? Esse elo invisível — musical, pictórico, humano, universal — é o que tento me aproximar, repetidas vezes.

A obra resultante é sempre um vestígio — a marca de um diálogo fugaz porém carregado, como um solo de jazz: efêmero, mas necessário, suspenso num instante de atenção absoluta.

Pictorial Performances – Painting in Living Dialogue

My approach to painting naturally expanded into performance, as a bodily, musical, and ritual extension of the pictorial gesture. From early on, I felt the need to go beyond the canvas — to make it vibrate, resonate, dance — by summoning music, movement, rhythm. For me, painting is not a static object but a space for dialogue, a living vortex where forms, sounds, bodies, and spirit meet.

These immersive performances, created with contemporary musicians and dancers, follow a jazz logic: improvisation as an act of pure presence. Nothing is set in advance; everything is born in the moment. This risk-taking, this fertile imbalance, makes the experience authentic — alive in the sense of a sincere, uncompromising search.

A monumental canvas on the floor, tools crafted for the occasion, the body in motion, paint projected, crushed, rubbed: all part of the same sensory, instinctive, alchemical impulse. Music — jazz, electronic, classical, or percussive — acts both as guide and partner. Each discipline influences the other in a shifting exchange: gestures become notes, sounds become shapes, rhythms become directions, in a spontaneous score.

Through overhead video projection, the viewer is immersed in the act of creation itself. They don't witness a finished work — they witness its living genesis, as if inside a ritual workshop where disciplines merge and respond to one another.

These performances are not demonstrations, but explorations. They seek to bring forth what escapes words: a sensitive language that crosses genres, bodies, cultures. They carry a central question: What connects us? That invisible link — musical, pictorial, human, universal — is what I strive to approach, again and again.

The resulting work is always a trace — the mark of a fleeting yet charged dialogue, like a jazz solo: ephemeral but necessary, suspended in a moment of absolute attention.